O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de Roraima suspendeu as investigações contra Samir Xaud, presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). A operação Caixa Preta da Polícia Federal relacionou o executivo a um possível crime eleitoral no estado da região Norte, em 2024.
Os principais alvos da ação são a deputada federal Helena Lima (MDB-RR) e o marido dela, o empresário Renildo Lima, acusados de compras de voto. O último, preso no ano passado com R$ 500 mil e encontrado com dinheiro na cueca, citou o cartola em um áudio. Com o registro, a PF incluiu Xaud entre os investigados.
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Agentes cumpriram o mandado de busca e apreensão na residência do presidente da CBF e na sede da confederação. No entanto, a defesa do executivo entrou com um pedido de habeas corpus, alegando falta de provas. O desembargador Jesus Rodrigues do Nascimento aceitou a solicitação por haver “ausência de justa causa para a investigação penal”.
“Com efeito, o Juízo de origem se limitou a afirmar que haveria indícios de participação dos “representados” em ilícitos, isso a partir de trecho de mensagem onde é apenas citado o nome do paciente sem que fosse estabelecido qualquer liame seu com os supostos delitos”, diz trecho da decisão.
A medida ainda destaca o possível prejuízo à imagem de Samir Xaud por conta da exposição das informações. O argumento também foi utilizado pelo cartola, que alega não ter participação no caso: “Sei de onde eu vim, sei quem eu sou e mantive a tranquilidade nos últimos dias, apesar da injustiça cometida e da grave exposição negativa da minha imagem. Seguirei trabalhando com foco, fé e honestidade em prol do futebol brasileiro”.
