Fora do tarifaço, aviação brasileira ainda demonstra receio com tensão política e novas medidas de Trump

A feira de aviação de negócios mais importante da América Latina completou 20 anos. Mas a Labace, realizada até esta sexta (7) no aeroporto Campo de Marte, em São Paulo, não está conseguindo entregar a euforia que seria comum. Afinal, o Brasil mantém posição de destaque no mercado mundial. Em 2023, o país exportou US$ 3,1 bilhões (R$ 16,92 bilhões na cotação atual) em aeronaves, com os Estados Unidos como principal destino: US$ 1,59 bilhão (R$ 8,68 bilhões).

Também foram exportados US$ 457 milhões (R$ 2,495 trillhões) em peças e componentes, conforme o Observatory of Economic Complexity (OEC). Além disso, a tarifa de 50% imposta pelos EUA ao Brasil não será cobrada desse setor.

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Entretanto, a sensação de alívio não se sustentou. “Foi um alívio a isenção para o setor. Mas logo percebemos que um pouco do medo continua. Porque o debate político está perigoso. Não sabemos o que pode acontecer amanhã. Pode mudar tudo”, explica Danielle Adornato, CEO da FBR Aviation, empresa com sede nos Estados Unidos que há 20 anos importa tecnologia do Brasil e da Europa para lá.

Procura em queda

A feira triplicou em tamanho físico: 110 mil m². Também espera 10% a mais de público: 20 mil visitantes. Mas a expectativa de negócios deve continuar em torno do mesmo valor do ano passado: R$ 300 milhões. “Imagine o imposto sobre um produto que custa de R$ 1 a R$ 3 milhões? A gente entende o medo do cliente e, também, age com muita cautela para proteger os negócios deles”, completou Danielle.

Alguns empresários ainda explicam que, na realidade, o problema já existe desde a posse de Donald Trump, quando o presidente anunciou que via o comércio com o seu país injusto e que iria alterar as tarifas. De lá pra cá, os contatos dos clientes diminuíram.

“Quase 30% menos esse ano. Porque desde janeiro começou a conversa sobre tarifas – tanto por parte de Donald Trump quanto como resposta de outros países. Quem trabalha com exportação e importação está cauteloso há muito tempo”, conta Leonardo Andrade, diretor comercial da Aeromot, fabricante brasileira de aeronaves leves e equipamentos de aviação.

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