
A Embraer pode abrir uma fábrica de aeronaves na Índia em um contrato que deve se tornar o maior da história da empresa. O projeto ainda está em fase de licitação, conforme Márcio Monteiro, vice-presidente de Inteligência de Mercado da Embraer Defesa e Segurança, informou nesta quinta-feira (7), em um evento com empresários em Mumbai.
A unidade ficaria responsável pela produção do cargueiro militar C390 Millennium, que substituirá parte da frota da Força Aérea Indiana, segundo reportagem do Times Brasil. Se confirmada, a produção será realizada em parceria com o grupo indiano Mahindra.
O contrato prevê 80 unidades do modelo, que custa US$ 150 milhões (R$ 820 milhões pela cotação atual), segundo o UOL. O cargueiro transporta até 26 toneladas de carga, sendo capaz de realizar diversas missões, e é reconhecido pela velocidade e alcance estratégicos na sua categoria.

Polo regional
Em maio, a Embraer anunciou a instalação de um escritório em Nova Déli para “fortalecer suas frentes de atuação em defesa, aviação comercial, executiva, serviços & suporte e no crescente setor de mobilidade aérea urbana”.
Atualmente, as Forças Indianas operam a aeronave Legacy 600, usada para o transporte de funcionários de governos e VIPs pela Força Aérea Indiana (IAF) e pela Força de Segurança de Fronteira (BSF), além da aeronave AEW&C ‘Netra’.

No setor comercial, a empresa vê oportunidades de venda de jatos da linha E2, a aeronave mais silenciosa na categoria de corredor único que comporta até 150 passageiros.
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Ampliando mercados
A Embraer também anunciou a conclusão do acordo de leasing (um tipo de aluguel/arrendamento) de dez jatos E195-E2 para a Airlink, maior companhia aérea regional de serviço completo da África do Sul. Parceira desde 2001, a empresa já opera uma frota de 68 jatos fabricados pela empresa brasileira, e deve receber o primeiro lote no final de 2025, com conclusão até 2027.

“As novas aeronaves terão um layout confortável de classe única com 136 assentos na configuração 2×2. Os jatos proporcionarão à Airlink um aumento de capacidade e de alcance, ampliando sua competitividade em rotas de alta densidade e criando oportunidades para novas rotas em mais destinos na África Subsaariana”, diz a nota.
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