
Por ARIOVALDO IZAC
Campinas, SP, 7 (AFI) – Ponte Preta em greve. Qualquer trabalhador devidamente registrado tem o sagrado direito de receber salário.
Ponto.
Só que o futebol tem as suas particularidades de gestões administrativas paupérrimas, que implicam em dívidas trabalhistas não quitadas, refletindo no tal transfer ban (bloqueio de receitas).
É o caso da Ponte Preta, cuja diretoria executiva havia prometido quitar o salário de junho até o final do mês passado, e o compromisso não foi cumprido.
GREVE LEGÍTIMA
Aí, a boleirada decidiu fazer greve e se recusou a participar das atividades normais desta quinta-feira.
Há quem diga que em caso de não pagamento pode haver recusa de viagem à Paraíba, para cumprimento do compromisso contra o Botafogo local, neste sábado.
Calma. Provavelmente essa possibilidade seja descartada, e o movimento de paralisação tenha sido apenas uma ameaça da boleirada.
E mesmo que os jogadores quisessem endurecer, o comando do clube recorreria à garotada da base e o clube não perderia por WO.

FEDERAÇÃO É UMA OPÇÃO
O presidente da Ponte Preta, Marco Eberlin, sabe claramente a quem recorrer.
De certo, ainda nesta sexta-feira ele deve procurar o presidente da Federação Paulista de Futebol, Reinaldo Carneiro de Barros, para que socorra as finanças de seu clube, com antecipação de cota.
Convenhamos, entretanto, que Eberlin deveria ter tomado o devido cuidado de não onerar a folha de pagamento do elenco pontepretano, pagando salários desproporcionais para jogadores claramente limitados.
OPOSIÇÃO SE MOVIMENTA
No meio desta história, ventila-se por aí que um grupo de oposição já se mobiliza visando à formação de chapa para disputar as eleições de diretoria executiva e Conselho Deliberativo, em novembro.
Aguardemos as cenas do próximo capítulo.