
O governo dos Estados Unidos criticou Alexandre de Moraes e defendeu Jair Bolsonaro após a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) de decretar a prisão domiciliar do ex-presidente. Donald Trump, presidente dos EUA, é aliado do político do PL e já criticou o magistrado publicamente em outras oportunidades.
O posicionamento veio por meio do Escritório para o Hemisfério Ocidental do Departamento de Estado, responsável pela diplomacia norte-americana. Em uma publicação no X, o antigo Twitter, o órgão afirmou que Moraes é um “violador de direitos humanos”.
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“O ministro Moraes, agora um abusador de direitos humanos sancionado pelos Estados Unidos, continua a usar as instituições do Brasil para silenciar a oposição e ameaçar a democracia. Colocando ainda mais restrições sobre a capacidade de Jair Bolsonaro se defender em público não é um serviço público. Deixe Bolsonaro falar”, inicia a nota do governo Trump.
Em seguida, o departamento promete “responsabilizar” autoridades que ajudarem ou facilitarem as ações do ministro: “Os Estados Unidos condenam a ordem de Moraes de impor prisão domiciliar a Bolsonaro e responsabilizarão todos aqueles que estão ajudando e facilitando a conduta sancionada”.
A nota faz referência às sanções impostas pelo governo dos EUA a Alexandre de Moraes por meio da Lei Magnitsky. A legislação, aprovada ainda durante o governo de Barack Obama, em 2012, prevê penalidades contra estrangeiros por corrupção ou violações de direitos humanos. O ministro brasileiro está impedido de entrar no país, além de ter bens locais bloqueados e estar impedido de transacionar com empresas e cidadãos norte-americanos.
A prisão domiciliar de Jair Bolsonaro foi decretada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) nesta segunda-feira (4/8). De acordo com a decisão, a ex-presidente da República estaria atrapalhando o processo do qual é réu pela tentativa de golpe. Ele está proibido de utilizar aparelhos eletrônicos e receber visitas, exceto familiares e os advogados.