Alta da dívida e dos juros expõe urgência de ajuste fiscal, alerta professor da Fipecafi

A dívida bruta do governo brasileiro atingiu 76,1% do PIB em maio, totalizando R$ 9,3 trilhões, segundo dados divulgados pelo Banco Central. Em entrevista ao Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC, o professor de Finanças e Mercados Financeiros da Fipecaf, Rogério Mauad, disse que o principal alerta está na tendência de crescimento.

“Tão importante quanto saber o total da dívida bruta, acima de 76% do PIB, que mostra o total do endividamento do país, é perceber a trajetória, que é de alta. O mercado acredita que a dívida vai continuar crescendo nos próximos anos. A gente tem aqui tanto a dívida bruta quanto a líquida, que é a dívida bruta menos os ativos do governo, ambas em trajetória de alta, e isto preocupa o mercado porque o risco fiscal está crescendo no país”, afirmou Mauad.

Além do aumento da dívida, Mauad destacou o agravamento do déficit primário, atualmente em -0,59% do PIB: “Nas expectativas do mercado, o déficit primário vai subir, o que impacta porque, na hora de refinanciar a dívida, o governo terá que pagar taxas de juros mais altas para conseguir financiamento”.

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Segundo o professor, a alta da taxa Selic tem papel central no crescimento da dívida pública: “A taxa Selic está em 15% ao ano. Quanto mais alta for a taxa para combater a inflação, mais o governo vai ter que pagar de juros da própria dívida”.

O especialista defendeu que o ajuste fiscal é fundamental para frear o avanço da dívida e permitir a queda dos juros: “O mercado prevê para 2027 talvez um ajuste fiscal nas contas, porque isso será necessário para diminuir o risco e criar possibilidade do Banco Central reduzir a Selic. Quando o país convive com taxa básica mais baixa, a dívida cresce em velocidade menor”.

Mauad alertou para a necessidade de compartilhar a responsabilidade entre União, estados e municípios, e que o governo deve focar na redução de gastos: “Tanto o governo federal quanto os governos estaduais e municipais têm que adequar suas despesas às receitas. O governo federal está tentando resolver o problema aumentando as receitas, mas nunca se arrecadou tanto no país como agora”.

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